O Processo de Alfabetização

Assim como a fala, os gestos, o desenho... a escrita é mais uma forma de expressão que a criança poderá dispor para se comunicar.

A criança vive em um mundo letrado, por isso, mesmo antes de entrar para escola ela começa o processo de alfabetização. O que cabe à escola é sistematizar, a partir da sua filosofia pedagógica, um processo que ajude a significar e desenvolver as habilidades de leitura e escrita escrita de forma completa e criativa. Este ensino, desde a creche, pode acontecer através do brincar e desenvolver a autonomia de aprendizado das crianças.

Entre os 5 e 7 anos, com a aproximação e a entrada no ensino fundamental, o processo de alfabetização é intensificado. Neste período, as atividades devem auxiliar quanto às regras de combinação das letras na formação das palavras. É fundamental que a criança compreenda o porquê de existir a escrita e para que ela será usada em sua vida. Assim, terá referência sobre a função social da escrita.

Aprender a ler e escrever não se faz apenas com o aprendizado mecânico de um conteúdo. A alfabetização é um processo que traz, além da ampliação de horizontes, uma grande autonomia para criança. Saber ler e escrever muda o centro de atenção dela, antes limitado apenas a imagens, agora tornando-se mais abrangente e livre.

Existem inúmeras formas e métodos de alfabetização. Possivelmente, se você tem mais de 30 anos, aprendeu primeiro as letras, depois as sílabas e só então formou palavras. Muito provavelmente, também investiu muito tempo e esforço no desenho do traçado das letras, preso a uma mesa e cadeira dentro de uma sala de aula.

Hoje já conhecemos formas modernas, bem mais interessantes e motivadoras para aprender a ler e a escrever. São estratégias melhores pois estão baseadas em estudos sobre a construção da escrita, neurociência, inteligência emocional e a importância do contato com a natureza para o desenvolvimento completo das habilidades da criança.

Estes estudos nos mostram que, por exemplo, em determinada fase, uma criança pode escrever elefante, usando um conjunto grande de letras, tracinhos ou bolinhas, e escrever formiga usando um conjunto pequeno. Esta hipótese de escrita da criança, pode significar que ela ainda acredita que, tal qual o desenho, a escrita deve ser parecida com o que ela representa. Ou seja, ela ainda não se deu conta de que, o que será representado na escrita será o som do nome e não a imagem do elefante e da formiga.

Quando a criança participa de experiências adequadas e recebe a mediação necessária, ela vai construindo novas e melhores hipóteses sobre como se escreve, até chegar à nossa forma convencional de escrita. Cada criança precisa ser livre para desenvolver seu pensamento, tendo seu tempo e espaço respeitados.

É um processo lindo, em que a criança tem papel ativo na construção de seu conhecimento. Ele nada se parece com a passividade das tarefas antiquadas de cobrir pontinhos ou copiar letras sem sentido, que prendiam a criança num modelo pronto, sem espaço para brincar e criar enquanto aprende.

Outro ponto importante diz respeito por onde e como começar a alfabetização. Sabemos que todo aprendizado é mais efetivo quando reconhecemos a utilidade dele em nossa vida. Quantas vezes você se perguntou em seu tempo de escola: Para que preciso aprender isso? Assim, a criança estará muito mais motivada em aprender a escrever seu nome e os dos amigos em lugar de todo alfabeto em letras soltas. O ideal então é começar por eles e por todas as palavras que a criança sinta necessidade de escrever. Também pelo mesmo motivo, já não faz sentido tanto investimento no traçado das letras cursivas, pois é um retorno às atividades mecânicas sem significado para a criança.

Para ajudar as famílias a acompanhar este processo fundamental, preparamos um E-Book com orientações sobre Alfabetização.

É um material muito rico preparado por nossos especialistas. Nele, procuramos responder as dúvidas mais frequentes de famílias com crianças nessa fase da pré-escola ao primeiro ano do ensino fundamental.

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Rosa Mariano